quinta-feira, 2 de junho de 2011

Eu

cultivo pequenos delitos:
Pintar as unhas de vermelho para poder descascá-las e cuspir os pedacinhos em vôo desequilibrado.
Falar Palavras com cara de inocente. Ente outros.

Tu, lipa e Eu, calipto

És colorida, um pouco aérea e só pensas em ti. Sou meio cinzento, algo rasteiro, e só penso em Pi. Somo cada um de um pano, uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.
Somos diferentes, tu e eu. Tens forma e graça e a sabedoria de só saber crescer até dar pé. Eu não sei onde quero chegar e só sirvo pra uma coisa - que não sei qual é! És de outra pipa e eu de um cripto.
Tu, lipa.
Eu, calipto.

Um gosto de paisagem

As pessoas já não fazem cara de nuvem. O mundo mudou e não há diabo de santo que saiba para onde ele foi.
Só se sabe : As pessoas estão com cara de jeito de funcionamentos. O mundo adquiriu modos de máquina. As habilidades estão amargando as pessoas de um gosto de paisagem de mundo.
 Não só, eu sei : As pessoas já não trazem rosto. Eu me afundo na máquina do mundo, porém atravesso nela com desgostos e minha passagem não é muda.